01 novembro, 2008
Jerusalém em Guerra 03
(Jerusalém-São Paulo)
Do réptil vermelho enrolado teso no tronco do semáforo, de cujos olhos escuridão cintilavam fogo e ira, ninguém nada sabia. Não existia catalogado nos livros de psicologia junguiana alquimista. Não sibilava aos cães em fúria dos guardas. Solidificou-se como caduceu no poste de ferro no instante em que ouvi no celular o adeus de Jara Milena. Depois fui ao trabalho com minha armadura armani. Chovia.
(Muro dos lamentos)
Soquei os punhos na parede de pedra que era o teu peito. Bati até as juntas adormecerem. Sovei até não me restar forças. Sua base se perdia dentro da terra, sólida e invencível. Jurei Ulisses voltar um dia. Também pedra e combater pedra a pedra.
(P. Cruz)
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