30 agosto, 2014



Portugueses

Sob a lua prata aves criptografadas - números e letras - voam imóveis em silêncio,
Vácuo.
O raio rubro ricocheteia, acende no coração da pedra palavra urdida em pontos, retas,
Curvas.
O cheiro alecrim no alumínio.
Corre o garoto
Grego
Sem pálpebras olhos, guiado por músculos nervos matemáticos de rumos obtusos, quinas e elípticas que tangenciam a armada noturna portuguesa.
São portugueses os salteadores noturnos. Contumazes de bocas velhas de úmidos axiomas e enfado.
São os portugueses a luz do noturno raio sob lunar aurora que antecipa mediana a noite ao pé do meio dia,
Palavras.


(P. Cruz)