15 março, 2009

Amtrak Blues

Alberta bonita e voz aberta,
aletas afinando o swing.
O crochê trançando o trompete,
acústicos passos do baixo,
acorde cheio notas simultâneas piano,
a vassoura varrendo o pó de estrelas
nas cordas de vísceras em si.

Velha alegria lenta fulga
de sustos e calmaria.
Notas sujas simulando
pixaim louro,
diademas de ligaduras,
claro grave da clarineta
e pentagramas que soam carne,
um improvisado passeio
no meio da tarde.

Coração na linha reta,
filigrana rítmicas e melódica,
carícias de intervalos
aveludados menores,
que cinco cents ásperos
maiores de vinil
negro riscado e pulo
valem sol de ária Alberta.

(P. Cruz)

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interessante, cada vez mais interessante.

L.