13 maio, 2009

Esquadro

Bumerangue de alabastro,
Esquadro granítico lançado
À um triz
Do espelho vôo de pescador martim
À flor d’água trajetória elíptica
A fio dos caniços revoada
De mosquitos caótica.
Cordão umbilical de plug
Acoplado ao plácido dos
Peixes olhos
De vidros
Violetas vítreos.

Meu australiano objeto polido
Lançado mãos ângulos
Flamengas elipses
De sibilo no ar,
Corte cirúrgico laser.

Eu meu bumerangue
Que explode
À nata aquosa,
Régua risca,
Reta à pele fria úmida.
Bumerangue
Coração imprevisível
Aliciando pérolas frígidas
Aeradas de vazios
Sem longe volta onde vais?

(P. Cruz)

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