Dos beijos mais comuns e desajeitados entre homens há o na face. Esse beijo que pode conter veneno, insídia e falsidades. Um beijo vulgar quando não traz o laivo do amor, da sinceridade, da amizade. Desnecessário citá-lo como o beijo dado entre mafiosos ou entre judeus se traindo, o que lembra Judas.
E entre mentiras e beijos há o beijo da morte, o mais das vezes com sabor de arrependimento. Um beijo permitido entre vivo e morto. De despedida. Um beijo frio que no entanto queima os lábios como fogo. O beijo extremo entre homens. Não deve ser falso. Lembra-nos que podemos ser fraternos enquanto vivos, leais e honestos enquanto humanos, conservando diferenças e disputas no terreno do respeito mútuo. Às vezes pode ser um beijo amargo. Um veneno pra alma.
(Pedro Cruz)
Um comentário:
Olá mano! Vc continua escrevendo coisas lindas. Qd são menos rebuscadas pra mim se tornam melhor ainda. Esta é forte como vc.
Beijão
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