Portugueses
Sob a lua prata aves criptografadas - números e letras - voam
imóveis em silêncio,
Vácuo.
O raio rubro ricocheteia, acende no coração da pedra palavra
urdida em pontos, retas,
Curvas.
O cheiro alecrim no alumínio.
Corre o garoto
Grego
Sem pálpebras olhos, guiado por
músculos nervos matemáticos de rumos obtusos, quinas e elípticas que tangenciam
a armada noturna portuguesa.
São portugueses os salteadores noturnos. Contumazes de bocas
velhas de úmidos axiomas e enfado.
São os portugueses a luz do noturno raio sob lunar aurora
que antecipa mediana a noite ao pé do meio dia,
Palavras.
Palavras.
(P. Cruz)